Tenho muito orgulho e gratidão pelos 25 anos de vida da FARM. Sou de Copacabana e sempre tive essa relação com a praia que invade a rua. Esse encantamento pela descontração carioca e pela natureza exuberante que nunca saiu de mim. Quando a FARM nasceu, em 1997 na Babilônia Feira Hype, meu desejo era colorir as meninas do Rio. Duas décadas e meia depois, a vontade de seguir enfeitando meninas e meninos de todas as idades, não apenas do Rio, mas agora de todo Brasil e do mundo, me move além-mar.
Em sintonia com as mudanças sociais e comportamentais, fui me transformando. A FARM ecoou minhas inquietações, sempre refletindo valores que considero fundamentais: a escuta atenta, a curiosidade genuína em relação ao que e a quem está ao meu lado, o trabalho em equipe e o olhar sem preconceito para o novo.
No passado, eu costumava sentir que não pertencia ao mundo da moda por não curtir o carão que dominava. Nunca me identifiquei com isso. Sempre admirei a despretensão de uma risada sincera e de uma alegria autêntica. Além da alegria, há o amor, que começa na minha relação com meu sócio e amigo, Marcello Bastos. Ele teve confiança absoluta em todas as minhas intuições malucas nessa jornada empreendedora. De alma feminina, Marcello empodera e valoriza não só a mim, mas todas as mulheres à sua volta. O mundo precisa de CEOs assim.
Por tudo isso, queria deixar um recado para as gerações futuras: a moda se tornou uma plataforma por meio da qual, coletivamente, podemos fazer do mundo um lugar mais justo. Abracem projetos de inclusão, de sustentabilidade, sociais e culturais. Lembrem-se também de que nada é construído sem mil e uma gotinhas de suor. Nada foi fácil, não é e nem será. Apreciem a simplicidade e a verdade. Apreciem o frescor de um mergulho no mar e o sol que acaricia a sua pele. E transmitam essas sensações - sem moderação - para roupas, acessórios e produtos que tenham como objetivo número um: vestir felicidade para emocionar.
Kátia Barros sócia-fundadora e diretora criativa

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